segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, junto com toda a Igreja no Brasil, se reuniu no sábado, 6 de novembro, para celebrar os 90 anos do Cardeal Dom Eugenio de Araújo Sales. A missa em ação de graças, realizada na Catedral Metropolitana e presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Orani João Tempesta, reuniu cerca de cinco mil fiéis, dentre eles: seis cardeais, 28 Bispos, centenas de padres, diáconos, seminaristas, religiosos e leigos.

Estavam presentes à celebração autoridades civis e militares, artistas, funcionários, amigos e admiradores do Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro. Também foram prestigiar o homenageado pessoas ligadas ao seu ministério, exercido não só no Rio, mas também quando foi Bispo em Natal e Primaz do Brasil em Salvador.

No início da celebração, Dom Orani agradeceu a presença de todos e ressaltou a dedicação do Cardeal Dom Eugenio como pastor do povo carioca. Ele disse que com seu testemunho de fidelidade à vocação recebida, Dom Eugenio é um exemplo seguro e firme de como viver a vocação batismal.

- Vossa Eminência soube colocar em prática o seu lema episcopal. Hoje, com o espírito vigoroso, sois ícone e sinal de referência na trajetória eclesial. Esta Arquidiocese que Vossa Eminência ama está hoje aqui, para, unidos, agradecermos e pedirmos a Deus por todos os dons concedidos nos abençoados 90 anos, disse Dom Orani.

A homilia foi preferida pelo Bispo Auxiliar Emérito do Rio Dom Karl Josef Romer, que destacou a atuação de Dom Eugenio durante os 30 anos em que exerceu o papel de pastor do povo carioca.

- A atuação de Dom Eugenio foi manifestamente abençoada. Dom Eugenio não só nos ensinou a pastorear, mas sua vida manifestou-se como modelo. A preocupação permanente com a formação do clero foi uma das marcas de Dom Eugenio, que renovou o Seminário de São José, incentivando as vocações, ordenando muitos presbíteros, dando uma assistência especial aos padres de sua Arquidiocese, frisou.

Ele destacou ainda a atuação de Dom Eugenio no Concílio Vaticano II, com otimismo fundado no Evangelho. Salientou a ampla e silenciosa rede de assistência aos mais pobres, que foi idealizada, levada a efeito e protegida por Dom Eugenio em seu longo governo de 30 anos.

Durante o ofertório, crianças da catequese e do coral da Paróquia da Ressurreição, em Copacabana, cantaram a música “Amigo”, de Roberto Carlos, vestidos com camisas que traziam imagens do Cardeal. Ainda foram levados ao altar alguns símbolos representando seus amigos e familiares.

Muitas homenagens foram feitas ao Cardeal, como um vídeo, que apresentou momentos marcantes de seu ministério. Um momento de grande emoção foi quando a cantora Elba Ramalho cantou “Asa Branca” – música que Dom Eugenio gosta muito. Dom Orani também leu a carta assinada de felicitações e agradecimentos que o Papa Bento XVI enviou para Dom Eugenio.

“É com muita alegria que lhe apresento as minhas cordiais felicitações, unindo-me ao povo da Arquidiocese do Rio de Janeiro – da qual por três décadas foi zeloso pastor. Fiel ao seu lema episcopal, soube gastar-se inteiramente por aqueles que Deus lhe havia confiado.”, manifestou o Santo Padre.

- Deus seja louvado pela sua vida e vocação, Eminência, Cardeal Dom Eugenio. Obrigada por nos permitir estar juntos nessa comemoração e pela proximidade e fraternidade dos trabalhos nesta bela Arquidiocese. Parabéns, em nome de todos os diocesanos, concluiu Dom Orani.

Muito emocionado, Dom Eugenio agradeceu todas as manifestações de carinho, a Deus, e ao pastor do Rio, Dom Orani, pelos gestos de delicadeza. Ele agradeceu ainda a todo o clero, religiosos e ao povo do Rio de Janeiro.

- Eu perguntei a mim mesmo como é que eu poderia agradecer. Encontrei a resposta. Agradecimento, na língua da Bíblia se diz “eucaristia”. Cristo é nossa eucaristia, nossa mais bela e mais profunda gratidão diante de Deus Pai e entre nós, disse o Cardeal.

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