quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Celebração do Dia Nacional da Juventude, no Rio

O Arcebispo Dom Orani João Tempesta sublinhou aos jovens neste domingo, 24 de outubro, na celebração de encerramento do Dia Nacional da Juventude, para que “tenham consciência da necessidade da conversão do coração, que busquem a Deus e a Sua misericórdia e que revestidos com a couraça da fé, combatam o bom combate de cada dia”.

Recordando a temática do evento vinculada à campanha nacional dos seguimentos juvenis em favor da vida e contra a violência e o extermínio de jovens, o Arcebispo enfatizou que o mundo coloca hoje como moderno o “querer ser melhor que o outro” ou “só achar erro nos outros”, levando a uma cultura inversa aos valores que Cristo ensinou.

- Ser avançado é quem busca o Senhor no cotidiano da vida, quem acredita que um coração convertido pode transformar as realidades, quem experimenta o amor de Deus na sua própria existência, quem vive a fraternidade e respeita a vida em todas as suas dimensões, afirmou.

A celebração eucarística contou com a presença do Bispo Auxiliar Dom Antônio Augusto Dias Duarte e de diversos presbíteros, entre eles, os vigários episcopais Monsenhor Joel Portella Amado, da Coordenação de Pastoral e o Monsenhor Jan Kaleta, do Vicariato Jacarepaguá. Também o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), do Rio de Janeiro, Jorge Luiz Castanheira.

- A celebração do Dia Nacional da Juventude é uma oportunidade para refletir as dívidas sociais que o Brasil tem com a juventude, por isso a cada ano vem sendo abordados temas relacionados à cidadania, direitos humanos, educação, saúde, solidariedade, entre outros, explicou o tesoureiro da Pastoral da Juventude da Arquidiocese do Rio, Walmir Júlio.

Em 2010, celebrando o jubileu de 25 anos de realização, a ação tem como foco a defesa vida. O lema "Juventude: muita reza, muita luta, muita festa, em marcha contra a violência", têm orientando todas as atividades permanentes em sintonia com a “Campanha contra o Extermínio de Jovens”. O evento nasceu em 1985 sob inspiração da Organização das Nações Unidas (ONU), que na mesma ocasião instituiu o Ano Internacional da Juventude.
Realizado no complexo da Cidade do Samba, no bairro Gamboa, sob a assessoria do Padre Renato Martins, o evento reuniu mais de 2,5 mil jovens, de todos os Vicariatos da Arquidiocese. Organizado pela coordenação da Pastoral da Juventude, o evento foi marcado pela presença dos diversos segmentos que compõem o Setor Jovem da Arquidiocese.

- Junto com a reflexão da temática social, nosso objetivo é fortalecer a caminhada de fé dos jovens, despertando-os para a missão, a fim de que sejam construtores da paz, implantando em nossa metrópole uma cultura de paz que leve à instauração da civilização do amor, afirmou o coordenador arquidiocesano da Pastoral da Juventude, Thiago de França Silva.

A programação da celebração do Dia Nacional da Juventude foi extensa, animada e rica em espiritualidade. O evento começou com a benção de Dom Antonio Augusto, seguida da apresentação da Banda Torre de Davi, da Basílica Nossa Senhora de Lourdes, de Vila Isabel, e da peça teatral “Canto das Irias”, encenada pelos jovens da Comunidade Católica Shalom.

A palestra principal, proferida pelo assessor da Pastoral da Juventude do Vicariato Jacarepaguá, Pablo Menezes, abordou o tema “Violência e Juventude”. A parte da manhã foi concluída com um momento mariano, orientada pelo missionário Izaias de Souza, da Comunidade Coração Novo, com a introdução da imagem peregrina de Nossa Senhora da Penha, seguida da oração do Ângelus.

Na parte da tarde, a apresentação das bandas da Paróquia Nossa Senhora da Paz, de Ipanema, e “Levada da alma”, da Comunidade Shalom, de São Paulo. Também houve testemunhos de jovens vitimados pela violência, concluindo com a celebração eucarística.

- A busca de Deus deve ser diária, a cada momento. Hoje, porém, foi um dia especial, onde fiz isso em unidade com irmãos de caminhada. Como é bom e nos enche de alegria e esperança ver que podemos nos divertir, sem maldade, sem violência, confessou Diego Reis, da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Turiassu, membro da Juventude Mariana.

Segue algumas fotos dos jovens do Catecumenato Crismal de nossa Paróquia que estiveream presente no DNJ.
João, Kelly e Monique.

   Jovens com o Sr. Bispo auxiliar de nossa Arquidiocese 
      D. AntonioAugusto.

 
Garotas do Catecumenato Crismal na 
Cidade do Samba.



Jovens reunidos em frente a Cidade do Samba 
para uma foto antes de entrarem.
 
Sr. Arcebispo Metropolitano D.Orani João Tempesta, 
com os jovens João Luiz e Rodrigo Brum.



Padre Renato com Jesus Sacramentado passando 
pelo meio dos jovens presentes.
 

domingo, 24 de outubro de 2010

ARQUIDIOCESE ORDENA 9 NOVOS PADRES NA CATEDRAL


Na manhã deste sábado, 23 de Outubro, Dom Orani João Tempesta presidiu na Catedral Metropolitana a celebração de Ordenação Sacerdotal de 9 diáconos em nossa arquiocese. São eles: CLAUDIO MANOEL LUIZ DE SANTANA - da paróquia Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado, DANIEL DA SILVA - Paróquia São Geraldo - Olaria, DIOGO DOS SANTOS ESPAGOLLA - Paróquia São Jerônimo - Coelho Neto, FELIPE XAVIER DE MORAES - Paróquia São José - Barros Filho, JOÃO JEFFERSON CHAGAS - Paróquia São José Operário - Ilha do Governador, THIAGO FARIA CARDOSO - Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia - Ricardo de Albuquerque, THIAGO LEMOS DOS SANTOS - Paróquia Anunciação a Nossa Senhora - Riachuelo, THIAGO SARDINHA DE JESUS - Paróquia Nossa Senhora da Cabeça - Penha, VITOR GINO FINELON - Paróquia São Tiago - Inhaúma. Aproximadamente quatro mil fiéis vieram celebrar a ordenação.Estavam concelebrando os bispos auxiliares, Dom Assis, Dom Antonio Augusto, o bispo emérito Dom Romer, além de 110 padres e 60 diáconos permanentes. No início da Celebração Dom Orani agradeceu a todos os formadores dos neo-sacerdotes. Pediu orações por mais vocações e deu graças por ver que Deus continua a chamar jovens para servir o seu povo. Cada padre é escolhido do meio do povo para ser sinal da presença divina. Cada padre ordenado é enviado par anunciar o Evangelho num dom especial que o mundo não entende: chamados à Santificação e a empenhar-se na santificação do povo de Deus.
Um coral de 22 vozes e quatro violinos do seminário São José e dirigido pelo Maestro Antonio Pedro, tornou o ambiente propício à santificação.
Padre Cristiano e Padre Raimundo entoaram a Ladainha de Todos os Santos. Acompanhe imagens de momentos da celebração:
Coral do Seminário São José

60 Diáconos Permanentes, estiveram presentes.




 120 Padres de diversas paróquias, também estiveram presentes.













sexta-feira, 22 de outubro de 2010

1º Festival Canto Coral da Arquidiocese do Rio

Com objetivo de apoiar e divulgar a prática do Canto Coral, a Arquidiocese do Rio de Janeiro está lançando o 1º Festival Canto Coral, “Natal EnCanto”, que será realizado entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembro de 2010.

Poderão participar do festival de coros, corais da Arquidiocese do Rio dos Vicariatos Sul e Jacarepaguá. Mas, a critério do comitê organizador, poderão ser convidados corais de outros Vicariatos. As inscrições podem ser feitas nas categorias adulto e infantil.

De acordo com o produtor cultural do evento, Marcello Bigatello, cada coral deverá apresentar-se com duas músicas, de livre escolha, mas respeitando a doutrina da Igreja. A duração de cada apresentação será de no máximo 15 minutos.

A premiação do Festival na categoria adulto será de 15 mil reais para o primeiro colocado, 10 mil para o segundo e cinco mil para o terceiro. Já na categoria infantil, o primeiro colocado receberá 10 mil, o segundo sete mil e o terceiro três mil reais. Sendo que toda a premiação será dividida: metade para a obra social da paróquia, indicada pelo pároco, e a outra parte para o coral.

De acordo com Bigatello, poderão participar do festival até 40 corais. Até o momento, ele disse que sete infantis, e 17 adultos já estão confirmados. As apresentações serão realizadas em duas Igrejas do Vicariato Sul — Nossa Senhora da Paz, em Ipanema e Basílica da Imaculada Conceição, em Botafogo, e uma na Barra - Paróquia Nossa Senhora da Vitória.

A final será apresentada da Igreja São José da Lagoa, no dia 18 de dezembro, a partir das 18 horas, seguida de missa. Ainda três corais participantes serão convidados a se apresentar nas lojas do Supermercado Zona Sul

A inscrição de cada coral deverá ser feita no período de 23 de outubro a 5 de novembro, através da entrega da ficha de inscrição preenchida e da documentação descrita no regulamento. A entrega do material deverá ser feita diretamente no Vicariato para a Comunicação Social (Vicom), de segunda a sexta-feira, no horário das 9 horas às 11h30 e das 13h às 18h.

O Vicom fica à Rua Benjamin Constant, 23, na Glória, no 3º andar. Os locais e datas das etapas eliminatórias serão divulgadas após o período de inscrição em uma reunião com representantes dos corais inscritos

Confira o regulamento: http://www.arquidiocese.org.br/media/Natal%20Encanto.pdf

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA O CORO DO SANTUÁRIO CRISTO REDENTOR

                                                  POR: JORNAL "O TESTEMUNHO DE FÉ"       Estão abertas as inscrições para o Coro do Santuário Cristo Redentor, organizado pela Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Cada paróquia deve apresentar quatro candidatos, um para cada uma das seguintes faixas etárias: de 20 a 29 anos, de 30 a 39, de 40 a 49 e de 50 a 60 anos.

O maestro Thiago Santos atuará na direção artística do coral, composto por mil vozes, que realizará apresentações em preparação à Festa dos 80 anos do monumento Cristo Redentor.

Para o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, “A participação de paroquianos de todos os nossos Vicariatos neste Coral representará a união das diversas realidades sociais e culturais de nossa cidade, num mesmo ideal de evangelização pela beleza da música”.

As inscrições devem ser feitas até a véspera dos testes de cada vicariato pelo e-mail vicom@arquidiocese.org.br ou por carta para o endereço Rua Benjamim Constant, 23, 3° andar, Glória – CEP: 2292-3132.

Já foram confirmados os testes de quatro vicariatos para o dia 30 de outubro. Os do Vicariato Oeste acontecerão das 9h às 11h30, na Paróquia Nossa Senhora do Desterro, na Rua Amaral Costa, 141, na Praça Dom João Esberard, em Campo Grande; dos Vicariatos Sul e Urbano, das 15h às 17h, na Basílica Imaculada Conceição, na Praia de Botafogo, 266, em Botafogo, e do Vicariato Jacarepaguá, na Paróquia Nossa Senhora do Loreto, na Ladeira da Freguesia, 375, na Freguesia, ainda sem horário definido.

Os testes dos vicariatos Norte, Leopoldina e Suburbano acontecerão no dia 6 de novembro. Os locais e horários ainda serão confirmados e serão divulgados no site.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

NOMEADO NOVO CARDEAL BRASILEIRO


O papa Bento XVI anunciou, nesta quarta-feira, 20, a nomeação de 24 novos cardeais entre os quais o brasileiro, dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida (SP) e presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam). Com sua nomeação, o Brasil passa a ter nove cardeais, dos quais seis são eméritos.
Dos 24 novos cardeais, 20 têm menos de 80 anos e são eleitores. O Consistório de criação dos novos cardeais será no dia 20 de novembro. Este será o terceiro Consistório do pontificado de Bento XVI e os cardeais chegarão a um total de 203, dos quais 121 eleitores.
Dom Damasceno, que participa em Roma do Sínodo para os bispos do Oriente Médio, tem 73 anos e foi secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por dois mandados (1995 a 1998 e 1999 a 2003).
Mineiro de Capela Nova, o novo cardeal foi ordenado padre no dia 19 de março de 1968 para a arquidiocese de Brasília (DF). Nomeado bispo auxiliar de Brasília em 1986, recebeu a ordenação episcopal no dia 15 de setembro do mesmo ano e adotou como lema “Na alegria do Senhor”. Em janeiro de 2004, foi transferido para a arquidiocese de Aparecida.
Com pós-graduação em Filosofia da Ciência pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), dom Damasceno fez a filosofia no Seminário Maior de Mariana (MG) e teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.

Atividades de dom Damasceno como bispo.

Bispo Auxiliar de Brasília-DF (1986-2004); Vigário-Geral e Vigário Episcopal na Arquidiocese de Brasília-DF; Professor do Departamento de Filosofia da UnB (1976-1991); Secretário-Geral do CELAM (1991-1995); Secretário-Geral da IV Conferência Geral do Episcopado Latino-americano (Sto. Domingo); Secretário-Geral da CNBB (1995-1998) e (1999-2003); Delegado ao Sínodo Especial para a África, Sínodo sobre a vida religiosa, como convidado; Delegado à Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a América por eleição da Assembléia da CNBB e confirmado pelo Papa João Paulo II (1997); Membro do Pontifício Conselho para as Comunicações; Membro do Departamento de Comunicação do CELAM; Membro da Comissão para a Comunicação, Educação e Cultura da CNBB (2003-2007); Delegado do CELAM (2007); Presidente do CELAM; Membro da Pontifícia Comissão para a América Latina-CAL (2009); Sínodo para a África (2009).
FONTE: CNBB

PAPA BENTO XVI CONCEDE TÍTULO AO PADRE MARCELO ROSSI


O PAPA BENTO XVI concedeu nesta quarta-feira, dia 20 de 
outubro, o Título de Evangelizador do Ano ao Padre Marcelo 
Rossi.


FONTE: RÁDIO GLOBO

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Comissão Arquidiocesana para a JMJ 2011 vai a Madri

Já começou a contagem regressiva para a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Falta menos de um ano para o encontro, que acontecerá em Madri, na Espanha, entre os dias 16 e 21 de agosto de 2011. Pela primeira vez, a Arquidiocese do Rio, empenhada em levar a juventude para este encontro com o Santo Padre, organizou uma Caravana Oficial.

Com a intenção de planejar a melhor forma de levar esta Caravana com os jovens do Rio de Janeiro para a JMJ, a Comissão Arquidiocesana para a Jornada Mundial da Juventude 2011 estará em Madri de 24 de outubro a 5 de novembro, em visita ao Comitê Organizador do evento.

Como representantes desta comissão, irão para a capital espanhola o Coordenador de Pastoral, Monsenhor Joel Portella, o Assessor de Eventos de Massa, Padre Omar Raposo, o Assessor Eclesiástico do Setor Juventude, Padre Renato Martins e ainda os leigos Sidney Timbó, Thiago França e Walmyr Junior.

Monsenhor Joel explicou que a visita visa a integrar mais o Rio de Janeiro com Madri, estudar a melhor forma dos nossos jovens participarem da Jornada em Madri e aprender o planejamento do evento, caso o Rio seja escolhido para uma futura Jornada.

- A JMJ é o maior evento envolvendo jovens no mundo, e um dos maiores que a Igreja realiza. A presença dos jovens em Madri e em todos os outros locais em que a Jornada acontece representa uma experiência que dificilmente se repete na vida de uma pessoa, porque ela é o encontro de povos, de culturas, de mentalidade, de jeitos de ser, sempre diferentes, mas que vivem a mesma fé, disse Monsenhor Joel.

Ordenação Sacerdotal

A próxima Ordenação Sacerdotal será realizada no dia 23 de outubro, na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. A cerimônia começa às 8h 30min.

A Catedral localiza-se na Avenida Chile, 245, Centro.

Carta do Papa Bento XVI aos seminaristas

Queridos Seminaristas,

Em Dezembro de 1944, quando fui chamado para o serviço militar, o comandante de companhia perguntou a cada um de nós a profissão que sonhava ter no futuro. Respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subtenente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres. Eu sabia que esta «nova Alemanha» estava já no fim e que, depois das enormes devastações causadas por aquela loucura no país, mais do que nunca haveria necessidade de sacerdotes. Hoje, a situação é completamente diversa; porém de vários modos, mesmo em nossos dias, muitos pensam que o sacerdócio católico não seja uma «profissão» do futuro, antes pertenceria já ao passado. Contrariando tais objeções e opiniões, vós, queridos amigos, decidistes-vos a entrar no Seminário, encaminhando-vos assim para o ministério sacerdotal na Igreja Católica. E fizestes bem, porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade. Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. Depois o homem busca refúgio na alienação ou na violência, ameaça esta que recai cada vez mais sobre a própria juventude. Deus vive; criou cada um de nós e, por conseguinte, conhece a todos. É tão grande que tem tempo para as nossas coisas mais insignificantes: «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados». Deus vive, e precisa de homens que vivam para Ele e O levem aos outros. Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir.

O Seminário é uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal. Nestas palavras, disse já algo de muito importante: uma pessoa não se torna sacerdote, sozinha. É necessária a «comunidade dos discípulos», o conjunto daqueles que querem servir a Igreja de todos. Com esta carta, quero evidenciar – olhando retrospectivamente também para o meu tempo de Seminário – alguns elementos importantes para o vosso caminho a fazer nestes anos.

1. Quem quer tornar-se sacerdote, deve ser sobretudo um «homem de Deus», como o apresenta São Paulo (1 Tm 6, 11). Para nós, Deus não é uma hipótese remota, não é um desconhecido que se retirou depois do «big-bang». Deus mostrou-Se em Jesus Cristo. No rosto de Jesus Cristo, vemos o rosto de Deus. Nas suas palavras, ouvimos o próprio Deus a falar conosco. Por isso, o elemento mais importante no caminho para o sacerdócio e ao longo de toda a vida sacerdotal é a relação pessoal com Deus em Jesus Cristo. O sacerdote não é o administrador de uma associação qualquer, cujo número de membros se procura manter e aumentar. É o mensageiro de Deus no meio dos homens; quer conduzir a Deus, e assim fazer crescer também a verdadeira comunhão dos homens entre si. Por isso, queridos amigos, é muito importante aprenderdes a viver em permanente contato com Deus. Quando o Senhor fala de «orar sempre», naturalmente não pede para estarmos continuamente a rezar por palavras, mas para conservarmos sempre o contacto interior com Deus. Exercitar-se neste contato é o sentido da nossa oração. Por isso, é importante que o dia comece e acabe com a oração; que escutemos Deus na leitura da Sagrada Escritura; que Lhe digamos os nossos desejos e as nossas esperanças, as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos erros e o nosso agradecimento por cada coisa bela e boa, e que deste modo sempre O tenhamos diante dos nossos olhos como ponto de referência da nossa vida. Assim tornamo-nos sensíveis aos nossos erros e aprendemos a trabalhar para nos melhorarmos; mas tornamo-nos sensíveis também a tudo o que de belo e bom recebemos habitualmente cada dia, e assim cresce a gratidão. E, com a gratidão, cresce a alegria pelo fato de que Deus está perto de nós e podemos servi-Lo.

2. Para nós, Deus não é só uma palavra. Nos sacramentos, dá-Se pessoalmente a nós, através de elementos corporais. O centro da nossa relação com Deus e da configuração da nossa vida é a Eucaristia; celebrá-la com íntima participação e assim encontrar Cristo em pessoa deve ser o centro de todas as nossas jornadas. Para além do mais, São Cipriano interpretou a súplica do Evangelho «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», dizendo que o pão «nosso», que, como cristãos, podemos receber na Igreja, é precisamente Jesus eucarístico. Por conseguinte, na referida súplica do Pai Nosso, pedimos que Ele nos conceda cada dia este pão «nosso»; que o mesmo seja sempre o alimento da nossa vida, que Cristo ressuscitado, que Se nos dá na Eucaristia, plasme verdadeiramente toda a nossa vida com o esplendor do seu amor divino. Para uma reta celebração eucarística, é necessário aprendermos também a conhecer, compreender e amar a liturgia da Igreja na sua forma concreta. Na liturgia, rezamos com os fiéis de todos os séculos; passado, presente e futuro encontram-se num único grande coro de oração. A partir do meu próprio caminho, posso afirmar que é entusiasmante aprender a compreender pouco a pouco como tudo isto foi crescendo, quanta experiência de fé há na estrutura da liturgia da Missa, quantas gerações a formaram rezando.

3. Importante é também o sacramento da Penitência. Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade. Uma vez o Cura d’Ars disse: Pensais que não tem sentido obter a absolvição hoje, sabendo entretanto que amanhã fareis de novo os mesmos pecados. Mas – assim disse ele – o próprio Deus neste momento esquece os vossos pecados de amanhã, para vos dar a sua graça hoje. Embora tenhamos de lutar continuamente contra os mesmos erros, é importante opor-se ao embrutecimento da alma, à indiferença que se resigna com o fato de sermos feitos assim. Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos, mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento. E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo.

4. Mantende em vós também a sensibilidade pela piedade popular, que, apesar de diversa em todas as culturas, é sempre também muito semelhante, porque, no fim de contas, o coração do homem é o mesmo. É certo que a piedade popular tende para a irracionalidade e, às vezes, talvez mesmo para a exterioridade. No entanto, excluí-la, é completamente errado. Através dela, a fé entrou no coração dos homens, tornou-se parte dos seus sentimentos, dos seus costumes, do seu sentir e viver comum. Por isso a piedade popular é um grande patrimônio da Igreja. A fé fez-se carne e sangue. Seguramente, a piedade popular deve ser sempre purificada, referida ao centro, mas merece a nossa estima; de modo plenamente real, ela faz de nós mesmos «Povo de Deus».

5. O tempo no Seminário é também e sobretudo tempo de estudo. A fé cristã possui uma dimensão racional e intelectual, que lhe é essencial. Sem tal dimensão, a fé deixaria de ser ela mesma. Paulo fala de uma «norma da doutrina», à qual fomos entregues no Batismo (Rm 6, 17). Todos vós conheceis a frase de São Pedro, considerada pelos teólogos medievais como a justificação para uma teologia elaborada racional e cientificamente: «Sempre prontos a responder (…) a todo aquele que vos perguntar “a razão” (logos) da vossa esperança» (1 Ped 3, 15). Adquirir a capacidade para dar tais respostas é uma das principais funções dos anos de Seminário. Tudo o que vos peço insistentemente é isto: Estudai com empenho! Fazei render os anos do estudo! Não vos arrependereis. É certo que muitas vezes as matérias de estudo parecem muito distantes da prática da vida cristã e do serviço pastoral. Mas é completamente errado pôr-se imediatamente e sempre a pergunta pragmática: Poderá isto servir-me no futuro? Terá utilidade prática, pastoral? É que não se trata apenas de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé na sua totalidade, de modo que a mesma se torne resposta às questões dos homens, os quais, do ponto de vista exterior, mudam de geração em geração e, todavia, no fundo, permanecem os mesmos. Por isso, é importante ultrapassar as questões volúveis do momento para se compreender as questões verdadeiras e próprias e, deste modo, perceber também as respostas como verdadeiras respostas. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura, na sua unidade de Antigo e Novo Testamento: a formação dos textos, a sua peculiaridade literária, a gradual composição dos mesmos até se formar o cânon dos livros sagrados, a unidade dinâmica interior que não se nota à superfície, mas é a única que dá a todos e cada um dos textos o seu pleno significado. É importante conhecer os Padres e os grandes Concílios, onde a Igreja assimilou, refletindo e acreditando, as afirmações essenciais da Escritura. E poderia continuar assim: aquilo que designamos por dogmática é a compreensão dos diversos conteúdos da fé na sua unidade, mais ainda, na sua derradeira simplicidade, pois cada um dos detalhes, no fim de contas, é apenas explanação da fé no único Deus, que Se manifestou e continua a manifestar-Se a nós. Que é importante conhecer as questões essenciais da teologia moral e da doutrina social católica, não será preciso que vo-lo diga expressamente. Quão importante seja hoje a teologia ecumênica, conhecer as várias comunidade cristãs, é evidente; e o mesmo se diga da necessidade duma orientação fundamental sobre as grandes religiões e, não menos importante, sobre a filosofia: a compreensão daquele indagar e questionar humano ao qual a fé quer dar resposta. Mas aprendei também a compreender e – ouso dizer – a amar o direito canônico na sua necessidade intrínseca e nas formas da sua aplicação prática: uma sociedade sem direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O direito é condição do amor. Agora não quero continuar o elenco, mas dizer-vos apenas e uma vez mais: Amai o estudo da teologia e segui-o com diligente sensibilidade para ancorardes a teologia à comunidade viva da Igreja, a qual, com a sua autoridade, não é um pólo oposto à ciência teológica, mas o seu pressuposto. Sem a Igreja que crê, a teologia deixa de ser ela própria e torna-se um conjunto de disciplinas diversas sem unidade interior.

6. Os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. Para o sacerdote, que terá de acompanhar os outros ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante que ele mesmo tenha posto em justo equilíbrio coração e intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente «íntegro». Por isso, a tradição cristã sempre associou às «virtudes teologais» as «virtudes cardeais», derivadas da experiência humana e da filosofia, e também em geral a sã tradição ética da humanidade. Di-lo, de maneira muito clara, Paulo aos Filipenses: «Quanto ao resto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no pensamento» (4, 8). Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade. A sexualidade é um dom do Criador, mas também uma função que tem a ver com o desenvolvimento do próprio ser humano. Quando não é integrada na pessoa, a sexualidade torna-se banal e ao mesmo tempo destrutiva. Vemos isto, hoje, em muitos exemplos da nossa sociedade. Recentemente, tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes. Em vez de levar as pessoas a uma humanidade madura e servir-lhes de exemplo, com os seus abusos provocaram devastações, pelas quais sentimos profunda pena e desgosto. Por causa de tudo isto, pode ter-se levantado em muitos, e talvez mesmo em vós próprios, esta questão: se é bom fazer-se sacerdote, se o caminho do celibato é sensato como vida humana. Mas o abuso, que há que se reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal, que permanece grande e pura. Graças a Deus, todos conhecemos sacerdotes convincentes, plasmados pela sua fé, que testemunham que, neste estado e precisamente na vida celibatária, é possível chegar a uma humanidade autêntica, pura e madura. Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento. É um elemento essencial do vosso caminho praticar as virtudes humanas fundamentais, mantendo o olhar fixo em Deus que Se manifestou em Cristo, e deixar-se incessantemente purificar por Ele.

7. Hoje, os princípios da vocação sacerdotal são mais variados e distintos do que nos anos passados. Muitas vezes a decisão para o sacerdócio desponta nas experiências de uma profissão secular já assumida. Frequentemente cresce nas comunidades, especialmente nos movimentos, que favorecem um encontro comunitário com Cristo e a sua Igreja, uma experiência espiritual e a alegria no serviço da fé. A decisão amadurece também em encontros muito pessoais com a grandeza e a miséria do ser humano. Deste modo, os candidatos ao sacerdócio vivem muitas vezes em continentes espirituais completamente diversos; poderá ser difícil reconhecer os elementos comuns do futuro mandato e do seu itinerário espiritual. Por isso mesmo, o Seminário é importante como comunidade em caminho que está acima das várias formas de espiritualidade. Os movimentos são uma realidade magnífica; sabeis quanto os aprecio e amo como dom do Espírito Santo à Igreja. Mas devem ser avaliados segundo o modo como todos se abrem à realidade católica comum, à vida da única e comum Igreja de Cristo que permanece uma só em toda a sua variedade. O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro. Na convivência, por vezes talvez difícil, deveis aprender a generosidade e a tolerância , não só suportando-vos mutuamente, mas também enriquecendo-vos um ao outro, de modo que cada um possa contribuir com os seus dotes peculiares para o conjunto, enquanto todos servem a mesma Igreja, o mesmo Senhor. Esta escola da tolerância, antes do aceitar-se e compreender-se na unidade do Corpo de Cristo, faz parte dos elementos importantes dos anos de Seminário.

Queridos seminaristas! Com estas linhas, quis mostrar-vos quanto penso em vós precisamente nestes tempos difíceis e quanto estou unido convosco na oração. Rezai também por mim, para que possa desempenhar bem o meu serviço, enquanto o Senhor quiser. Confio o vosso caminho de preparação para o sacerdócio à protecção materna de Maria Santíssima, cuja casa foi escola de bem e de graça. A todos vos abençoe Deus onipotente Pai, Filho e Espírito Santo.

Vaticano, 18 de Outubro – Festa de São Lucas, Evangelista – do ano 2010.

Vosso no Senhor,
BENEDICTUS PP XVI

domingo, 17 de outubro de 2010

Missa em Memória a Nossa Senhora Aparecida

No dia 12 de Outubro de 2010, dia dedicado a Nossa Senhora Aparecida. Nosso Pároco Pe. José Kalapura completou 28 anos de ordenação sacerdotal com mais 6 padres de nossa arquidiocese. 



A comunidade se fez presente em grande número para
Parabenizar ao Pe. José pela sua perseverança e agradecer a Deus o dom de sua vocação. Também os paroquianos parabenizaram o casal Jorge e Vera pelos seus 25 anos de matrimonio.   





Kairós das Crianças -> 12/10/10

Na teologia cristã, em síntese pode-se dizer que khronos, é o “tempo humano”,  o que é medido em anos, dias, horas e suas divisões. Enquanto o termo kairos, que descreve "o tempo de Deus", não pode ser medido, pois "para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como um dia."
“Foi assim, num clima de Deus, que aconteceu o 4º Kairós da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ramos. Estavam presentes: crianças que participaram de várias atividades desde 8:00hs com o acolhimento das catequistas da paróquia; jovens, pais e convidados. Participaram de diversas atividades, dentre elas: dinâmicas, brincadeiras, danças (ministério de música), desenhos, gincana, contação de história e momentos religiosos, como: adoração ao Santíssimo, coroação de nossa Senhora e a oração do terço. O evento foi finalizado com a santa missa presidida pelo Pároco Pe José Kalapura que comemorava, junto “a sua família” seus 28 anos de sacerdócio. Que Deus o abençoe!!!”





Padre josé , antes do inicio da  Santa Missa de seus 28 anos de ordenação sacerdotal  reuniu-se com os seus Ministros, Coroinhas e com o casal Jorge e Vera que completava 25 anos de Matrimonio para uma bela foto .